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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Xirú Missioneiro - Fazendo Barulho





01 - Fazendo barulho
02 - Muito pique, muita garra
03 - Surungo de carnaval
04 - Queimando sabugo
05 - Xote beiçudo
06 - Bamo bate coxa
07 - Bailanta campeira
08 - Temperado a fogo
09 - Quando se ama
10 - Domador do rio grande
11 - Quinto dos infernos
12 - Meu rolador 
13 - Do mundo campeiro
14 - Ui ui que medo
15 - João de Deus





Teixeirinha - Aliança de ouro - 1975




01 - Olhar Feiticeiro
02 - É Meu É Só Meu
03 - Improvisando
04 - Voltei A Viver De Novo
05 - Olhos Que Falam
06 - Sua Vida Atual
07 - Fim Do Nosso Amor
08 - Destruindo Corações
09 - Carmen
10 - Chorando Chorando
11 - Aliança de Ouro
12 - Querência Amada




Elsio Poeta


Conversando com o Destino - Elsio Poeta


Um dia desses escutando "Aurora do Mundo" de Goiá na excelente interpretação de "Tostão & Guarany", me veio a inspiração e saiu este poema. Se algum "Compadre Músico" quiser transformar este poema em letra de música (quem sabe um cateretê desses bem "Xonados".rs), fique à vontade pois vai deixar este "Caboclo" muito orgulhoso.rs


Uma noite destas, falei com o “Destino”
E ele com tédio, então, respondeu:
“_Desde que tu foste apenas “menino”
Esta dor secreta, no teu sangue correu.

Hoje és viajante no mundo do nada,
Seguindo a sorte que Deus lhe traçou.
Vai se arrebentando nas encostas da serra.
Aonde o homem erra...
Seu tempo acabou...”

Às vezes pergunto, nas horas amargas,
Porque minha sorte ao léu me deixou.
Meu barco vacila ao gosto das vagas,
Num mar de incertezas, meu sonho, boiou.

Hoje na distância, estou vegetando,
Pois a muito tempo deixei de viver,
Estou caminhando ao rumo do nada,
Seguindo esta estrada
Sozinho, a sofrer...

E quando solitário relembro o passado,
Parece que o tempo em mim não correu,
Eu fico, assim, um tanto cansado
Remoendo as dores, neste peito meu.

Quando eu relembro a infância querida,
Parece que a sorte comigo brincou,
E ainda sinto ser uma criança
Na efêmera esperança
Que o tempo levou.

Pergunto a Deus, se acaso o destino,
Por entre estas brumas, enfim me levar,
Se acaso é certo, em cruel desatino,
O ventre da terra, por fim desejar..?

Quem sabe assim, minha alma descanse,
Pois estou cansado, não posso negar,
Que ele me dê sua eterna guarida
Na terra querida
Que me viu sonhar... 


Tatu..? Sim, com orgulho - Elsio Poeta

Há alguns anos atrás, um certo "Pseudo-Cantor Sertanejo" , estava num programa de TV quando lhe perguntaram sua opinião sobre a "Música Raiz", ele respondeu que quem gostava de raiz era "Tatu".
A partir daí o pessoal do Grupo Caipira Raiz começou a se tratar carinhosamente por "Tatu".
Na época tive a idéia de fundar uma comunidade no Orkut chamada "Eu sou tatu, e daí", conversei com o nosso querido Comp. Samuel, ele adorou a idéia e me falou pra mandar ver.
Foi assim que eu me inspirei para compor esta poesia:

Tatu...? Sim, com orgulho



Você nos chamou de Tatu, Tatu nós somos com orgulho
Nos alimentamos das raízes e você só de bagulho
As raízes nos fortificam, tornando-nos mais altaneiros
Não temos vergonha da origem e de sermos Brasileiros.

Nós somos Tatu lá do mato, a nossa espécie é "Canastra"
Gigantes por natureza e isto somente nos basta;
Você também é Tatu, mas é de outra raça: "Tatu-Bola";
Um bicho que quando se assusta, em si mesmo se enrola .

Seu habitat não é a floresta verde, povoada de mistérios
Seu habitat é a lama fétida das campas de um cemitério
Você se alimenta de lixo e de tudo que se decompõe
E nem ao menos se cala, e nem ao menos compõe.

O que sobra pra nós em orgulho, pureza e honestidade
Falta pra você em brio, bom gosto e originalidade
Sabemos cavar, nosso buraco é limpo e tem asseio
Você não sabe cavar por isso usa o buraco alheio.

Compadre! Faça um favor, deixa os Tatus sossegados
Pois Tatu quando se enfeza é um bichinho danado
Vê se fica quietinho,a sua prosa só empobrece,
Se você ficar calado, a "Boa Musica" agradece...


atu Não Dorme na Praça - Elsio Poeta



Aos nossos "neo-sertanejos":


"Dormir na praça" nem sempre é bom negócio. O banco é duro, o frio, congelante...Fora, aqueles "guardinhas" chatos com seus cassetetes intrusivos, batendo no nosso traseiro e toda hora mandando a gente "circular".
Por favor, despertem! Pois o tempo passa, o sucesso também e o dinheiro não compra um lugar na memória dos que no futuro escutarão músicas tão ruins como essas que vocês cantam agora.
Façam que nem o Tatu, esse sim é um bichinho esperto:






Tatu não dorme na praça,
Quem dorme é gato carrapicho,
Que mia desafinado,
Rasgando os sacos de lixo.


Tatu não dorme na praça,
Quem dorme é cachorro sem dono,
Que fica latindo pra lua,
Tirando-nos as horas de sono.


Tatu não dorme na praça,
Quem dorme é rato escroto,
Que fica roendo tranqueira,
Pra depois correr pro esgoto.


Tatu não dorme na praça,
Quem dorme é cobra, é serpente,
Que fica acoitada na moita,
Querendo dar o bote na gente.


Tatu não dorme na praça,
Quem dorme na praça é timbu,
Que fica exalando mau cheiro,
Catingando mais que urubu.


Tatu não dorme na praça,
Tatu é um bichinho matreiro,
Tatu dorme no ventre da terra,
Tendo raízes por travesseiro...